O que é RHEL (Red Hat Enterprise Linux)?

Ficar dependente de softwares proprietários quase sempre resulta em custos crescentes de licenciamento, atualização frequente de hardware e mais manutenção na infraestrutura de TI.

Nesse cenário, várias empresas despreparadas acabam enfrentando desafios significativos, como altos custos da licenças em uso, falta de flexibilidade e a dependência de um único fornecedor.

Para mitigar esses riscos, muitos datacenters adotam uma abordagem híbrida, utilizando tanto software proprietário quanto soluções de código aberto, reduzindo assim custos e adicionando flexibilidade ao ambiente.

Dentre os sistemas operacionais de código aberto disponíveis no mercado, o RHEL (Red Hat Enterprise Linux) tem seu espaço garantido.

O que é RHEL (Red Hat Enterprise Linux)?

RHEL (Red Hat Enterprise Linux) é uma distribuição Linux desenvolvida pela Red Hat, projetada para servidores corporativos. Destinado a ambientes empresariais e datacenters, esse sistema operacional é reconhecido por sua estabilidade, segurança, atualizações contínuas e suporte técnico robusto.

O sistema suporta uma grande variedade de softwares empresariais, possui certificação para funcionar com diversas aplicações comerciais e é homologado pela compatibilidade de hardware de grandes fornecedores.

Add-ons como o gerenciamento de pacotes RPM (Red Hat Package Manager) e ferramentas como YUM (Yellowdog Updater, Modified) ou DNF (Dandified YUM) incorporados ao software simplificam a instalação, atualização e remoção de pacotes ao sistema.

Essa versão de Linux corporativo também oferece suporte para tecnologias de virtualização, como o KVM (Kernel-based Virtual Machine), e containers por meio de ferramentas como o Podman, Buildah e Skopeo, que são alternativas ao Docker.

Um pouco da história do Red Hat Enterprise Linux

A história do Red Hat Enterprise Linux (RHEL) começa com a fundação da empresa Red Hat em 1993 por Bob Young e Marc Ewing.

O projeto ganhou notoriedade inicialmente com o lançamento do Red Hat Linux, uma distribuição de código livre voltada tanto para usuários domésticos quanto empresariais.

Com o crescimento do mercado de código aberto, ficou claro a existência de uma demanda significativa por distribuições Linux estáveis e com regras de suporte claro para o mundo corporativo.

Em 2002, a empresa anunciou a criação do Red Hat Enterprise Linux (RHEL), separando-o da linha de produtos Red Hat Linux.

O objetivo era fornecer uma plataforma especialmente projetada para ambientes empresariais, com um ciclo de vida definido, suporte e certificações rigorosas para homologar hardware e software de outros fabricantes.

Lançado em 2003, o software oferecia estabilidade, segurança e suporte de longo prazo, atraindo assim empresas que precisavam de uma solução confiável para servidores e datacenters.

A Red Hat manteve um ciclo de suporte de até 10 anos para cada versão e contribuiu significativamente para a comunidade de software livre.

Em 2019, a Red Hat foi adquirida pela IBM, o que reforçou ainda mais a posição do RHEL como uma solução líder para ambientes corporativos.

A aquisição acelerou ainda a integração do sistema com tecnologias emergentes, como a computação em nuvem e a inteligência artificial.

Qual é a diferença entre o RHEL e outras versões do Red Hat?

A principal diferença entre RHEL (Red Hat Enterprise Linux) e outras derivações do Red Hat, como CentOS e Fedora, está no foco corporativo e o suporte profissional.

O RHEL surgiu como um sistema voltado para o mercado corporativo, que oferece suporte técnico pago e possui um ciclo de vida longo, entregando a estabilidade e a confiabilidade necessárias para operações 24x7.

O CentOS, por sua vez, foi uma alternativa gratuita e compatível com Red Hat Enterprise Linux, mas que não possui suporte técnico, ou seja, depende da comunidade de desenvolvedores para a solução de problemas.

Já o Fedora Linux foi um sistema direcionado a desenvolvedores e entusiastas que desejam experimentar tecnologias recentes, menos estável e com um ciclo de vida curto, servindo como um campo de testes para inovações do próprio RHEL.

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Onde podemos encontrar o Red Hat Enterprise Linux?

O Red Hat Enterprise é amplamente utilizado em diversos tipos de equipamentos e ambientes empresariais. São eles:

Servidores de datacenter: O Linux Red Hat é frequentemente utilizado em servidores que compõem a infraestrutura de datacenters, oferecendo uma base robusta e segura para aplicações críticas, gerenciamento de armazenamento e processamento de dados em larga escala.

Servidores de Aplicações: Muitas empresas utilizam o RHEL em servidores de aplicação para hospedar aplicativos empresariais, incluindo servidores web, de banco de dados, e de middleware.

Mainframes: O RHEL é compatível com mainframes IBM z Systems e oferece uma plataforma confiável para executar cargas de trabalho empresariais de alta disponibilidade.

Supercomputadores: Vários supercomputadores, como os voltados para pesquisas científicas e computação de alta performance, utilizam o sistema devido sua estabilidade e capacidade de realizar operações complexas.

Servidores de Virtualização: O sistema é amplamente utilizado como sistema operacional em servidores de virtualização, integrando outras tecnologias como o KVM (Kernel-based Virtual Machine) para criar e gerenciar máquinas virtuais.

Dispositivos Embarcados: Em algumas indústrias, o RHEL é utilizado em sistemas embarcados que requerem um sistema operacional robusto e seguro, como em equipamentos de telecomunicações e dispositivos médicos.

Computação em Nuvem: A distro corporativa Red Hat também é suportada por várias plataformas de nuvem, incluindo Amazon Web Services (AWS), Microsoft Azure e Google Cloud Platform (GCP).

Muitas empresas utilizam o RHEL para executar cargas de trabalho na nuvem com a mesma confiança que em ambientes on-premises.

Infraestrutura de Rede: Equipamentos de infraestrutura de rede, como roteadores, switches e firewalls, muitas vezes também utilizam o software para garantir operações seguras e estáveis.

Quais são as versões do RHEL disponíveis para download?

A Red Hat oferece várias versões do Red Hat Enterprise Linux (RHEL) disponíveis para download no endereço https://developers.redhat.com/products/rhel/download, atendendo diversas necessidades e arquiteturas de hardware. As principais versões são:

RHEL 9.4: Esta é a versão mais recente, trazendo novos recursos e melhorias para uma base segura e consistente em ambientes de nuvem híbrida. Está disponível para arquiteturas x86_64 e ARM 64.

RHEL 8.10: Outra versão amplamente utilizada, estável e que oferece suporte abrangente para ambientes empresariais. Também suporta as arquiteturas x86_64 e ARM 64. O link para download pode ser encontrado aqui.

Além dessas versões, a Red Hat também fornece edições especializadas, como:

RHEL Atomic Host: Otimizado para aplicações de containers e microservices.

RHEL for SAP Solutions: Adaptado para executar cargas de trabalho SAP de forma eficiente.

Software de código aberto ou sistemas operacionais proprietários?

Empresas que optam por software proprietário frequentemente enfrentam modelos de licenciamento complexos, custos elevados para atualizações e manutenção e uma dependência crítica do fornecedor.

Por outro lado, apesar de funcionais e maduros, optar um sistema operacional de código aberto ainda traz vários desafios que devem ser contornados por qualquer organização.

Softwares não proprietários sempre podem enfrentar o risco de serem encerrados a qualquer momento, deixando todos os usuários sem suporte ou atualizações.

Isso pode resultar em problemas de segurança, incompatibilidades com os sistemas existentes e dificuldade na manutenção, além de questões sobre o suporte técnico e riscos associados aos processos em execução.

Como exemplo próximo, podemos citar a mudança do foco do CentOS Linux tradicional para o CentOS Stream, que impactou milhares de usuários que dependiam do sistema para manter seus datacenters em operação.

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