Switch L2 ou L3? Qual a diferença entre switches de camada 2 e 3?
Com ambientes cada vez mais complexos e um número explosivo de endpoints conectados, os switches desempenham um papel cada vez mais importante em grandes redes corporativas.
Garantir a eficiência, o desempenho e a segurança na comunicação entre redes, servidores, computadores, impressoras e dispositivos de armazenamento tem exigido sistemas cada vez mais sofisticados, muitas vezes envolvendo soluções de diversos fabricantes.
Nesse cenário os switches atuam como pontos centrais de conexão para toda a rede, facilitando o encaminhamento e a troca de informações entre todos os dispositivos conectados.
Além disso, esses equipamentos são responsáveis por receber, processar e encaminhar pacotes de dados para o destino correto, assegurando que o tráfego flua de forma eficiente e sem interrupções.
Porém, qual a hora certa de substituir os equipamentos em uso e implementar os switches L3 em uma infraestrutura de rede?
Qual é o principal papel dos switches em grandes redes corporativas?
Em redes corporativas maiores, a segmentação de rede é uma prática comum para melhorar o desempenho e a segurança.
Nesses casos, o papel dos switches é garantir a eficiência na comunicação entre dispositivos, facilitar a segmentação da rede, oferecer recursos avançados para o gerenciamento de tráfego e possibilitar a escalabilidade da infraestrutura.
A maioria dos switches de primeira linha permitem a criação de VLANs (Virtual Local Area Networks), que isolam grupos de dispositivos e limitam o tráfego entre eles.
Isso reduz a quantidade de tráfego não essencial, melhora o encaminhamento de pacotes e ajuda a evitar a propagação de problemas na rede ou ataques externos.
Os switches L3
Além de todas as tarefas de comutação, os switches de camada 3 oferecem funcionalidades básicas para o roteamento externo, permitindo a comunicação de dados entre diferentes redes ou VLANs.
Esses equipamentos também suportam os recursos para o gerenciamento de tráfego, como qualidade de serviço (QoS) e listas de controle de acesso (ACLs), proporcionando um controle mais granular sobre a rede.
Switches L3 também desempenham um papel importante na escalabilidade das redes corporativas. Conforme a rede cresce e se torna mais complexa, a adição de novos switches de distribuição ajuda a acomodar a expansão e a manter a qualidade do desempenho.
Como são classificados os switches?
Além da classificação pelo número de portas, tipo de portas, velocidade e capacidade de roteamento, os switches também podem ser classificados por sua taxa de transferência de dados, capacidade de processamento e latência.
Vamos detalhar esses conceitos:
Taxa de transferência de dados: As taxas de transferência de dados em switches podem variar de acordo com o modelo e a marca.
Geralmente, os switches são classificados com base na velocidade de suas portas Ethernet, como 10 Mbps (Fast Ethernet), 100 Mbps (Fast Ethernet), 1 Gbps (Gigabit Ethernet), 10 Gbps (10 Gigabit Ethernet), 40 Gbps (40 Gigabit Ethernet) e 100 Gbps (100 Gigabit Ethernet).
Tanto os switches L2 quanto os L3 podem ser encontrados em várias velocidades.
Capacidade de processamento: A capacidade de processamento de um switch está relacionada ao número de pacotes de dados que ele pode processar e encaminhar por unidade de tempo em uma infraestrutura desenhada dentro das exigências do padrão ethernet.
Essa informação geralmente é expressa em milhões de pacotes por segundo (Mpps) ou bilhões de pacotes por segundo (Gpps).
A capacidade de processamento de um switch L3 é muito importante, pois lida com o roteamento de pacotes atuando diretamente com tabelas de endereços IP.
Isso significa que, além das tabelas de mac address, esse tipo de equipamento também precisa ter performance para fazer o encaminhamento de pacotes através da camada de roteamento.
Latência: A latência refere-se ao tempo que um switch leva para processar e encaminhar um pacote de dados. Essa latência pode variar entre diferentes modelos de switches L2 e L3.
Em geral, switches L2 têm menor latência em comparação aos switches L3, pois operam em uma camada inferior do modelo OSI e têm menos processamento a realizar.
De qualquer forma, redes locais limitadas a um ambiente físico geralmente não precisam de switches que tenham funções de roteamento, pois todo o tráfego pode ser organizado através da criação de VLANs internas.
Tabela de roteamento e capacidade da tabela MAC: A capacidade de roteamento também está relacionada ao tamanho das tabelas de roteamento e tabelas MAC que um switch pode suportar.
Switches L2 dependem do MAC address, enquanto switches L3 usam tabelas de roteamento IP. Switches que suportam tabelas maiores podem suportar redes maiores e mais complexas, mas custam mais caro.
Além disso, redes com mais endpoints conectados exigem switches com maior capacidade de processamento, por isso de nada adianta um equipamento permitir a inclusão de diversos dispositivos sem ter capacidade de processamento para suportar a demanda da rede.
Por isso, ao avaliar switches L2 e L3, sempre é necessário levar em consideração esses critérios para garantir que as demandas de processamento, velocidade e capacidade de roteamento da sua rede sejam atendidas.
Quando usar um switch L2 em uma rede corporativa?
Redes simples e pequenas: Se você possui uma rede local (LAN) de pequeno a médio porte, em um único local físico, com pouca necessidade de roteamento entre sub-redes ou redes diferentes, um switch L2 é geralmente suficiente para gerenciar o tráfego de dados.
Orçamento limitado: Switches L2 tendem a ser mais baratos do que switches L3, tanto em termos de custo inicial quanto de manutenção. Se o orçamento for uma preocupação, e suas necessidades de rede forem atendidas por um switch L2, essa pode ser a melhor opção.
Segmentação de tráfego básica: Se sua infraestrutura precisa apenas segmentar a rede em diferentes VLANs para isolar grupos de dispositivos e controlar o tráfego, um switch L2 pode oferecer essa funcionalidade sem a necessidade de recursos avançados de roteamento.
Menor complexidade e facilidade de gerenciamento: Switches L2 são geralmente mais fáceis de configurar e gerenciar que os switches L3, pois possuem menos recursos e funcionalidades. Caso sua empresa não precise de funcionalidades que envolvam o roteamento avançado, um switch L2 pode ser uma opção mais simples e fácil de gerenciar.
Redes dedicadas: Em alguns casos, você pode ter uma rede dedicada para uma função ou aplicação específica, sem a necessidade de comunicação com outras redes ou sub-redes. Nesses casos, um switch L2 também pode ser suficiente.
Lembre-se de que cada situação é única e a escolha entre um switch L2 e um L3 dependerá das necessidades específicas da cada rede. É importante analisar a infraestrutura, os requisitos de desempenho e as metas de crescimento da corporação antes de tomar uma decisão.
Qual é a principal aplicação de um switch de camada 3?
A principal aplicação de um switch L3 é fornecer funcionalidades de roteamento e comutação integradas em um único dispositivo de rede.
Isso é especialmente útil porque, além da capacidade de endereçar pacotes dos endereços MAC (gerenciados por switches de camada 2), esse tipo de equipamento também opera na camada IP do modelo OSI.
As principais aplicações de um switch L3 incluem:
Roteamento entre sub-redes: Switches L3 são capazes de rotear pacotes entre diferentes sub-redes ou VLANs (Virtual Local Area Networks) em uma infraestrutura com muitos sites, melhorando a comunicação e a eficiência da rede.
Roteamento interno: Em redes empresariais mais complexas, esse tipo de switch pode ser usado para simplificar o roteamento interno de tráfego, reduzindo a necessidade de roteadores dedicados e melhorando o desempenho geral da comunicação entre os dispositivos.
Gerenciamento de tráfego avançado: Switches de camada 3 oferecem recursos avançados de gerenciamento de tráfego, como qualidade de serviço (QoS), listas de controle de acesso (ACLs) e suporte a protocolos de roteamento dinâmico, permitindo um controle mais granular sobre o tráfego de dados, além de aprimorar a segurança e a performance da rede.
Escalabilidade e flexibilidade: Qualquer switch que atuam diretamente com o protocolo IP proporcionam maior escalabilidade e flexibilidade para múltiplas redes em crescimento, facilitando a expansão e a adaptação de forma mais eficiente.
Portanto, a principal aplicação de um switch L3 é fornecer funcionalidades de roteamento e comutação em um único dispositivo, otimizando o desempenho e a eficiência em ambientes mais complexos e exigentes.
Qual a diferença entre um switch L2 e um switch L3?
A principal diferença entre um switch L2 (Camada 2) e um switch L3 (Camada 3) está na forma como eles processam e encaminham pacotes de dados em uma rede.
Um switch L2 opera na camada de enlace de dados do modelo OSI e trabalha com base nos endereços MAC (Media Access Control) dos dispositivos conectados.
Sua principal função é encaminhar pacotes de dados entre os dispositivos na mesma rede local (LAN), além de também poder segmentar a rede em VLANs (Virtual Local Area Networks) para isolar o tráfego entre diferentes grupos de dispositivos.
Por outro lado, além dos endereços MAC, um switch L3 opera em uma camada de rede do modelo OSI que também possibilita transmitir os pacotes dados utilizando endereços IP (Internet Protocol).
Isso siginifca que esse tipo de equipamento pode fazer o roteamento entre diferentes redes ou sub-redes e ofereça outros recursos avançados para o gerenciamento da rede, como suporte a protocolos de roteamento dinâmico, listas de controle de acesso (ACLs) e gerenciamento de qualidade de serviço (QoS).
Enquanto os switches L2 são ideais para redes locais simples que precisam fazer segmentação de tráfego, os switches L3 são mais adequados para redes mais complexas, com necessidades avançadas de roteamento e/ou gerenciamento de múltiplas redes, físicas ou lógicas.
Dessa forma, um switch L3 pode agir como um roteador, combinando as funções de um switch e um roteador em um único dispositivo.
Em resumo, a principal diferença entre os switches L2 e L3 é a camada na qual cada um opera e as funcionalidades associadas a essa camada do modelo OSI.
Somos autorizados Cisco
A escolha entre implementar um switch do tipo L2 ou L3 sempre dependerá das necessidades específicas e dos requisitos de desempenho de cada rede.
Acreditamos que considerar os principais aspectos desses equipamentos, qualquer administrador de rede estará melhor preparado para tomar uma boa decisão.
Independentemente de cada projeto e necessidade, toda linha de switches Cisco oferecem desempenho, segurança e eficiência líderes no setor.
Ao selecionar um desses switches, você estará investindo em uma solução de rede que se adapta e evolui com as suas necessidades, garantindo o sucesso e a continuidade dos negócios.
Caso ainda haja dúvidas, traga seu projeto e tire suas dúvidas com nossos especialistas. Somos revendedores da linha Catalyst de switches Cisco, líder mundial no mercado de soluções de rede.
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