O que é rsync do Linux e quais são suas aplicações
A segurança e a integridade dos dados corporativos são fundamentais para garantir as operações de qualquer organização.
Nesse cenário, a infraestrutura de rede, os servidores, computadores e softwares devem ser confiáveis, funcionais e estarem sempre atualizados para assegurar a eficiência.
O problema começa quando existe algum tipo de negligência em manter os backups em um ambiente seguro e prova de falhas.
A boa notícia é que fazer cópias e sincronizar dados entre servidores e storages está cada vez mais simples, mesmo em ambientes de código aberto.
Nesse contexto, o rsync se destaca como uma ferramenta simples para a proteção de dados, disponível para a maioria das versões do sistema operacional Linux.
O que é rsync?
O rsync é um conjunto de comandos usados para fazer a transferência, duplicação e sincronização de arquivos e diretórios entre diferentes dispositivos em uma rede. Essa ferramenta de software é muito usada em sistemas baseados em Unix, como Linux e macOS, devido sua eficiência e versatilidade.
Esse comando é conhecido por sua capacidade de otimizar transferências de arquivos, copiando apenas as partes de arquivos que realmente mudaram, o que economiza largura de banda e tempo.
A rigor, o rsync não é apenas um comando, e sim é um aplicativo. Trata-se de um programa independente que pode ser instalado e executado em sistemas operacionais Unix-like, como Linux e macOS.
No início, esse aplicativo foi concebido para ser apenas uma ferramenta de sincronização de arquivos e diretórios, criada originalmente por Andrew Tridgell e Paul Mackerras em 1996.
O desenvolvimento original do código foi iniciado como parte da tese de doutorado de Andrew Tridgell na Australian National University e melhorado pela comunidade Linux com o passar do tempo.
Atualmente o conjunto de instruções pode ser usado diretamente no terminal ou incorporado em scripts para automatizar tarefas de sincronização e backup de arquivos.
Qual a principal aplicação do rsync?
A principal aplicação do rsync é a sincronização de arquivos e diretórios entre dois locais físicos ou lógicos, estejam eles no mesmo computador físico ou em destinos diferentes conectados por uma rede.
O rsync é amplamente utilizado para criar rotinas de backup para ambientes Linux, onde apenas as alterações são copiadas desde a última sincronização, reduzindo o tempo de execução da tarefa e a largura de banda necessária.
Além disso, o comando também é usado para manter dados espelhados em dois ou mais servidores, assegurando que as cópias de segurança serão atualizadas em diferentes locais.
Outra aplicação comum para o aplicativo é na migração de dados, simplificando tarefas como a transferência de grandes volumes de arquivos de um servidor físico ou lógico para outro.
Desenvolvedores e administradores de TI também utilizam o rsync para sincronizar código ou conteúdo entre ambientes de desenvolvimento, teste e produção, otimizando o processo de distribuição de software.
Como o rsync funciona?
O funcionamento do rsync se baseia em um algoritmo que minimiza a quantidade de dados que precisa ser copiada, transferindo apenas as diferenças entre os arquivos de origem e destino.
Para isso são executadas as seguintes operações:
Análise inicial: Quando iniciado, o rsync compara os dados nos diretórios de origem e destino, verificando atributos como o tamanho do arquivo e timestamps (marcas de tempo) para determinar quais foram alterados.
Divisão de arquivos: Para arquivos que parecem diferentes, o aplicativo divide o arquivo de destino em pequenos blocos de tamanho fixo.
Cálculo de soma de verificação: Após esse passo, o rsync calcula duas somas de verificação para cada bloco de dados do destino: um checksum rápido e um hash mais detalhado. Essas somas são enviadas para a máquina de origem.
Comparação e identificação de blocos: Na máquina de origem, o aplicativo usa as somas de verificação recebidas para comparar cada bloco do arquivo de origem.
Se esse bloco não corresponde a um no destino, o software identifica exatamente quais partes do bloco são diferentes.
Transmissão dos dados diferentes: Apenas as diferenças identificadas são então transmitidas para o sistema de armazenamento de destino. Isso pode envolver o envio de novos blocos ou apenas as partes alteradas dos blocos existentes.
Reconstrução de arquivos: No destino, o aplicativo recompõe os arquivos completos utilizando os blocos que já estavam corretos e os novos dados recebidos.
Otimizações adicionais: O rsync oferece várias ferramentas como a compressão de dados, a exclusão de arquivos que não existem mais, a capacidade de manipular links simbólicos, verificação de permissões de arquivo e outros metadados.
Quais são as principais vantagens de usar o rsync?
1- Eficiência: O rsync é altamente eficiente ao transferir dados, pois copia apenas o que foi alterado entre os arquivos de origem e destino. Esse processo reduz significativamente a quantidade dos dados transmitidos, poupando tempo e largura de banda.
2- Economia: Ao minimizar a quantidade de dados transferidos, o rsync economiza banda de rede e espaço de armazenamento, o que é muito útil em ambientes com recursos limitados ou altos custos de transferência.
3- Versatilidade: O comando pode ser usado em várias tarefas de sincronização de arquivos, desde backups simples até operações com espelhamento de dados e migração entre servidores.
4- Segurança: Quando usado em conjunto com o SSH, o aplicativo oferece uma transferência de dados segura, criptografando os dados durante a transmissão.
5- Flexibilidade: O comando oferece várias opções para ajustar o processo de transferência, incluindo controles sobre as permissões, links simbólicos e a exclusão de arquivos não sincronizados.
6- Compatibilidade: O software é compatível com a maioria das plataformas UNIX-like e pode ser adaptado para Windows, tornando-o adequado para ambientes heterogêneos.
7- Automatização: O rsync pode ser facilmente incorporado em scripts e agendado para execução automática, permitindo que operações de data backup e sincronização ocorram sem intervenção manual.
Quais são as principais instruções usadas com o rsync?
O rsync possui uma variedade de opções de linha de comando Linux para personalizar e controlar o comportamento da sincronização de arquivos. São eles:
-a, --archive: Este modo é uma das opções mais comuns e úteis. Ele ativa vários outros modos ao mesmo tempo, incluindo recursividade, cópia de links, preservação de permissões, timestamps, e, se possível, de proprietários e grupos de arquivos.
-v, --verbose: Aumenta a verbosidade do processo, o que significa que o rsync fornecerá mais informações sobre o que está sendo feito.
-z, --compress: Ativa a compressão de dados durante a transferência, útil para economizar largura de banda em conexões lentas ou sobrecarregadas.
--delete: Remove arquivos no diretório de destino que não existem na unidade de armazenamento de origem. Isso é útil para manter uma cópia espelhada exata.
-r, --recursive: O rsync recursivamente copia diretórios inteiros. Sem essa opção, o aplicativo sincronizaria apenas arquivos individuais no diretório de nível superior.
--exclude: O comando especifica padrões de arquivos que devem ser excluídos da sincronização.
--include: Especifica padrões de arquivos que devem ser incluídos na sincronização, o que pode ser usado em conjunto com --exclude.
--dry-run: Mostra o que seria feito durante a sincronização sem realmente executar as mudanças. Isso é útil para testar se a rotina atenderá as expectativas.
-p, --perms: Preserva as permissões de arquivo (modo de arquivo).
-l, --links: Copia links simbólicos como links.
-L, --copy-links: Trata links simbólicos como arquivos regulares e copia os arquivos para os quais eles apontam.
--backup: Faz backup de arquivos que são substituídos ou deletados durante a sincronização.
--progress: Mostra o progresso durante a transferência de arquivos grandes.
-e, --rsh=COMMAND: Especifica o comando a ser usado para conectar ao servidor remoto, geralmente configurado para usar SSH.
Estas são apenas algumas instruções disponíveis com o rsync. Cada uma delas permite personalizar como os arquivos são tratados e transferidos, dando um controle mais granular sobre o processo de sincronização.
Quais sãos os principais dispositivos que usam o rsync?
O rsync é uma ferramenta muito utilizada em diversos dispositivos e sistemas, dada sua eficácia na sincronização de arquivos.
Em servidores, o aplicativo é essencial para a manutenção de backups e a sincronização de arquivos entre diferentes máquinas, ajudando a garantir a continuidade dos serviços e a segurança dos dados.
Nos computadores pessoais, tanto em ambientes domésticos quanto corporativos, o software facilita o backup de arquivos importantes e a transferência de dados entre diferentes dispositivos.
Além disso, em sistemas de armazenamento conectados à rede, conhecidos como NAS, o rsync é frequentemente empregado para gerenciar grandes volumes de dados, garantindo que as cópias estejam sempre atualizadas.
Em dispositivos de mídia e entretenimento que permitem customização, o rsync também é utilizado para sincronizar bibliotecas de mídia.
Por fim, muitos sistemas embarcados e ambientes de virtualização usam o aplicativo para a atualização de software e/ou manter a consistência dos dados entre dispositivos distribuídos.
O rsync e o backup corporativo
Dados são os ativos digitais que sustentam as operações diárias e as decisões estratégicas de qualquer organização, por isso a perda ou corrupção dessas informações pode causar interrupções e prejuízos.
A ausência de um processo de backup confiável pode acarretar uma série de problemas, que afetam tanto as operações quanto a credibilidade de uma empresa.
Sem um backup adequado, informações podem ser irrecuperavelmente perdidas devido a falhas de hardware, erros humanos, ataques de software malicioso ou desastres naturais.
Nesse cenário, a infraestrutura de rede, os servidores, computadores e softwares devem ser constantemente atualizados para assegurar a máxima proteção e eficiência.
Embora o rsync seja uma ferramenta eficiente para backup, sincronização e transferência de arquivos, ter pleno controle do destino físico onde as cópias são armazenadas é necessário para manter os dados seguros.
Quer saber mais? Traga seu projeto e tire suas dúvidas. Somos especialistas em servidores, sistemas de armazenamento e soluções de backup.
Softwares
Tudo o que você precisa saber sobre soluções de Softwares.
Cloud Storages – Armazenamento privativo de dados está em alta!
Criar uma nuvem privativa com hardware próprio é simples e pode ser vantajoso para diversas aplicações. Confira algumas dicas antes de contratar uma.
Servidor NAS, conheça os conceitos básicos sobre o assunto.
Network attached storage: O que é, para que serve e como surgiu. Informações sobre o sistema de armazenamento de maior sucesso no mercado de TI.
Qual storage comprar, NAS ou DAS?
Saiba quais são as principais diferenças entre os sistemas de armazenamento NAS ou DAS e escolha qual atende suas necessidades.