O que é Red Hat Linux e quais são suas aplicações?
A utilização de softwares proprietários em ambientes corporativos sempre também acrescenta novos contratos de licenciamento e uso, atualização de versões e outros custos crescentes.
Como consequência, a busca por soluções tecnológicas mais econômicas e flexíveis tem levado muitas organizações a considerarem a substituição dessas soluções proprietárias por sistemas de código aberto.
A promessa de redução de custos, a maior flexibilidade e a possibilidade de personalização prometida por sistemas como o Linux atraem empresas de todos os portes.
Nesse cenário o Red Hat Linux foi pioneiro, entregando uma das primeiras soluções confiáveis e de código aberto para corporações e usuários.
O que é Red Hat Linux?
Red Hat Linux é uma distribuição Linux desenvolvida pela Red Hat Inc. para ambientes corporativos com foco na estabilidade, segurança e suporte técnico. Predecessor do RHEL, esse sistema operacional era voltado para servidores e oferecia um eficiente sistema de gerenciamento de pacotes (RPM).
O sistema operacional foi lançado por Bob Young e Marc Ewing em 1994, mas somente ganhou popularidade com a introdução do Red Hat Package Manager, em 1995.
A empresa descontinuou o Red Hat Linux em 2002 em favor do Red Hat Enterprise Linux (RHEL), focando o novo produto exclusivamente no mercado empresarial e iniciando seu modelo de negócios baseado em assinatura.
Apesar disso, a comunidade de usuários continuou a desenvolver o Fedora, outro sistema gratuito que também era patrocinado pela empresa, mantendo assim um campo de testes para novas tecnologias.
Devido seu sucesso, em 2019 a empresa foi adquirida pela IBM por 34 bilhões de dólares, destacando que a inovação contínua e a adaptação de um sistema às necessidades do mercado sempre trazem bons frutos.
Quais são as principais aplicações para o Red Hat Linux?
O Red Hat Linux, ao longo de sua existência, foi utilizado em diversas aplicações devido à sua estabilidade, segurança e flexibilidade. As principais são:
Servidores Web: Devido sua confiabilidade e segurança, essa distribuição de código aberto foi muito utilizada para hospedar servidores web, incluindo os da família Apache.
Servidores de banco de dados: Muitas empresas usavam software para executar servidores de banco de dados, como MySQL, PostgreSQL e Oracle, devido ao seu desempenho robusto.
Servidores de aplicação: Muitas organizações implantavam o software para executar servidores de aplicação, devido ao suporte de frameworks e linguagens como Java (como o JBoss), PHP, Python e Ruby.
Servidores de E-mail: Esse sistema operacional de código aberto foi uma escolha popular para montar servidores de e-mail, utilizando softwares como Sendmail, Postfix e Dovecot.
Servidores de arquivos: Foi através da compatibilidade com o NFS (Network File System) e Samba que essa distribuição era usada para configurar servidores de arquivos e impressão em redes corporativas.
Servidores de virtualização: Graças a recursos de virtualização como o KVM (Kernel-based Virtual Machine), a distribuição também permitia hospedar máquinas virtuais e gerenciar melhor os recursos de hardware disponíveis.
Computação em nuvem: O Red Hat Linux foi um dos sistemas precursores dos serviços de computação em nuvem, permitindo a criação e gestão de instâncias remotas de computação.
Desenvolvimento de software: Desenvolvedores utilizavam o sistema operacional como ambiente de desenvolvimento, aproveitando suas ferramentas de desenvolvimento e bibliotecas disponíveis.Clusters e computação de alto desempenho (HPC): Devido à sua escalabilidade, o software foi usado em clusters de computação e ambientes de HPC para realizar cálculos complexos e processamento de dados em larga escala.
Servidores de rede: Esse sistema operacional de código aberto também foi uma das primeiras iniciativas a integrar serviços DNS, DHCP e LDAP, graças a sua segurança e robustez.
Quais eram os requisitos de hardware para rodar o Red Hat Linux?
Os requisitos mínimos de hardware necessários para rodar o sistema operacional são:
Processador: O Red Hat Linux podia ser executado a partir de processadores Pentium e em outros processadores x86 compatíveis.
Memória RAM: O mínimo necessário de memória para o sistema era de 32 MB, mas 64 MB são recomendados para melhor desempenho.
Espaço em Disco: O software exigia pelo menos 500 MB de espaço de armazenamento para uma instalação mínima. Para uma instalação completa, incluindo um conjunto padrão de pacotes, recomendava-se 1.5 GB ou mais.
Unidade de CD-ROM: As unidades ópticas eram necessárias para a instalação do sistema a partir de mídia física (CD).
Monitor e Placa de Vídeo: Um monitor compatível com VGA e uma placa de vídeo que suportasse gráficos básicos (VGA).
Dispositivos de Entrada: Teclado e mouse compatíveis com PS/2 ou USB.
Placa de Rede: Uma placa para conexão LAN ou uma conexão internet pode ser necessária para baixar o software atualizar as configurações do sistema.
Qual é a diferença entre o Red Hat Linux e suas novas versões?
As principais diferenças entre essa distribuição e suas novas versões como o RHEL, Fedora e CentOS, está no foco, suporte e modelo de distribuição de cada versão.
O Red Hat Linux foi a versão original do sistema lançado nos anos 90, tanto para usuários domésticos quanto empresariais, ou seja, sem um foco específico de mercado ou suporte estruturado.
Já o RHEL, seu sucessor, é uma versão empresarial projetada especificamente para ambientes corporativos e datacenters, que oferece atualizações regulares, suporte técnico e patches de segurança garantidos por contrato.
O contraponto da nova plataforma com sua antecessora é que a versão recém-chegada foi desenvolvida exclusivamente para o uso empresarial e requer uma assinatura paga para acesso aos seus serviços e suporte.
O Fedora é uma distribuição alternativa patrocinada pela empresa, que serve para testes de novas tecnologias que podem ser incluídas em seu sistema principal.
Voltada para desenvolvedores, entusiastas e usuários que desejam acesso às últimas inovações no mundo Linux, o Fedora também é conhecido por suas atualizações rápidas e por incorporar rapidamente novas funcionalidades.
Já o CentOS foi um clone gratuito do RHEL, mantido durante anos pela comunidade de desenvolvedores e descontinuado em 2020.
Esse sistema oferecia uma alternativa gratuita ao Red Hat Linux, com o mesmo código-fonte, mas sem o suporte pago oferecido pela versão corporativa.
Atualmente, a Red Hat mantém três principais distribuições de código aberto disponíveis: O Red Hat Enterprise (RHEL), Fedora e CentOS Stream.
Quando o Red Hat Linux foi descontinuado?
A última versão do Red Hat Linux foi lançada em março de 2003. No mesmo ano, o software foi descontinuado e substituído pelo RHEL.
Após essa versão, a empresa decidiu focar exclusivamente no mercado empresarial, criando o Red Hat Enterprise como sua principal oferta comercial para servidores e desktop corporativos.
Nessa situação, o RHEL foi posicionado para o mercado empresarial e o Fedora, uma distribuição comunitária, como um projeto para testar as novas tecnologias que eventualmente seriam incorporadas ao sistema principal.
Essa mudança permitiu que a empresa continuasse a oferecer uma plataforma estável para clientes empresariais e mantive suas inovações através das comunidades do CentOS Stream e Fedora.
Os sistemas de código aberto em aplicações corporativas
Embora alguns sistemas baseados em Linux ofereçam vantagens como a eliminação de licenças pagas e a liberdade de modificar o código de acordo com cada aplicação, essas soluções também trazem riscos que não devem ser ignorados.
A falta de suporte técnico pode deixar empresas vulneráveis em momentos críticos, enquanto as preocupações com a segurança e a demora das atualizações também podem comprometer as operações.
Os softwares proprietários, apesar de caros e nem sempre funcionais, ainda são a escolha certa para muitas organizações que não podem correr esses riscos.
Esses sistemas oferecem um suporte consistente, segurança rigorosa e atualizações regulares, garantindo uma base sólida para operações críticas.
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